Os moradores de Figueirópolis d'Oeste enfrentam sérios problemas relacionados ao abastecimento de água no município. No passado, a cidade era abastecida por poços artesianos que captavam água do subsolo. Com o passar do tempo, esses poços foram secando e as bombas frequentemente queimavam, causando interrupções no fornecimento de água.
Durante a gestão do ex-prefeito Lair Mota, havia um sonho e plano de trazer água do Rio Jauru, localizado a 25 km do município. O projeto foi finalmente concluído por um prefeito sucessor, que compartilhava da mesma visão de Lair Mota. No entanto, o problema de qualidade da água persistiu. Durante a estação chuvosa, a água se tornava barrenta e, sem nenhum tratamento, era enviada diretamente para as casas dos moradores.
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Com a gestão atual de Eduardo Virela, que já está no cargo há oito anos, a situação não melhorou. Moradores relatam que, durante as chuvas, a quantidade de água aumenta, mas a qualidade continua ruim, com a água chegando barrenta. Há também preocupações sobre a possível presença de agrotóxicos e dejetos de esgoto no abastecimento de água do Rio Jauru.
Além disso, na estação seca, as bombas que enviam água frequentemente queimam e a cidade, que não possui reservatórios, fica sem água. Os moradores criticam a prefeitura pela falta de comunicação, pois não são avisados sobre a falta de água nem pelos meios de comunicação disponíveis, como carros de som ou redes sociais.
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Enquanto isso, o prefeito Eduardo Virela lançou um projeto de energia solar para abastecer os órgãos públicos, com um investimento de três milhões de reais em recursos próprios. A população questiona a prioridade deste projeto em detrimento da melhoria da qualidade da água. Eles se perguntam por que os vereadores não barraram o projeto, acreditando que seria mais importante garantir água de qualidade para o município.
Nos últimos 60 dias, a indignação dos moradores aumentou. Um novo projeto está em andamento para a construção de um reservatório, mas atualmente, quando a água chega do rio, ela é desperdiçada, correndo pelas ruas do município sem qualquer tratamento.
A população de Figueirópolis d'Oeste continua a enfrentar a incerteza e os desafios de um abastecimento de água inadequado, esperando por soluções que realmente atendam às suas necessidades básicas