Panorama Global da Coqueluche
Segundo o Centro Europeu de Controle e Prevenção das Doenças (ECDC), somente nos três primeiros meses de 2024, foram registrados mais de 32 mil casos de coqueluche na União Europeia, em pelo menos 17 países. Este número representa um aumento expressivo em comparação com os pouco mais de 25 mil casos registrados durante todo o ano de 2023.
Na China, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças comunicou que, até fevereiro de 2024, foram notificados 32.380 casos e 13 óbitos decorrentes da coqueluche. Esse aumento reforça a necessidade de vigilância e medidas preventivas.
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Situação no Brasil
No Brasil, o Ministério da Saúde registrou 115 casos de coqueluche até 6 de junho de 2024. Em 2023, foram contabilizados 217 casos ao longo de todo o ano. O aumento dos casos gera preocupação especialmente com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Paris, pois pode haver um risco de disseminação da doença.
O que é a Coqueluche?
A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. Afeta principalmente bebês e crianças, sendo altamente transmissível através de gotículas de tosse, espirros ou até mesmo ao falar.
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Os sintomas da coqueluche manifestam-se em três estágios:
- Estágio inicial: Semelhante a um resfriado, com mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Esses sintomas podem durar semanas.
- Estágio paroxístico: A tosse piora, tornando-se mais intensa.
- Estágio convalescente: A tosse é tão severa que pode comprometer a respiração, causando vômitos e cansaço extremo.
Os sintomas podem durar entre seis e dez semanas, dependendo da gravidade do caso.
Prevenção e Vacinação
A melhor forma de prevenir a coqueluche é por meio da vacinação. No Brasil, a vacina pentavalente, que previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza B, é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema de vacinação inclui três doses administradas aos dois, quatro e seis meses de idade, com doses de reforço aos 15 meses e aos quatro anos.
Em 2023, a cobertura vacinal contra a coqueluche ficou em 84,11%, abaixo da meta anual de 95% estabelecida para esse tipo de imunização.
Conclusão
O aumento dos casos de coqueluche no primeiro semestre de 2024 ressalta a importância da vacinação como medida essencial para controlar a disseminação da doença. Governos e autoridades de saúde em todo o mundo devem intensificar suas campanhas de vacinação e conscientização para proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos
