A Polícia Civil de Pontes e Lacerda revelou que o caso de tentativa de estupro e agressão registrado no último domingo (10) foi, na verdade, uma mentira da vítima, segundo investigação conduzida pela delegada Lícia Juliane. O desdobramento do caso desfez boatos de um "maníaco do parque" na cidade e expôs a real motivação do ocorrido.
De acordo com a delegada, a mulher havia relatado à polícia que foi abordada por um homem em um carro branco, que tentou sequestrá-la e agredi-la ao resistir a um estupro. A história levantou suspeitas, e imagens de câmeras de segurança da área onde o crime teria ocorrido não corroboraram a versão apresentada.
Após investigações mais aprofundadas, a mulher foi chamada novamente à delegacia, onde confessou que o autor das agressões era seu ex-marido. O encontro entre ambos foi consensual, com a promessa de ser a "última vez" em que ficariam juntos. Após o ato, uma discussão entre eles teria resultado nas agressões físicas.
Segundo a delegada, a mulher admitiu ter inventado o relato inicial para justificar os ferimentos ao atual companheiro e preservar o pai de seus filhos. "Ela queria proteger o ex-marido, prometeu que não contaria o ocorrido para não prejudicá-lo, mas usou a narrativa do estupro para explicar a situação ao companheiro atual", disse a delegada.
A delegada Lícia Juliane informou que a mulher pode responder por comunicação falsa de crime, um delito de menor potencial ofensivo. Já o ex-marido responderá por lesão corporal e ameaça, com a investigação conduzida sob os termos da Lei Maria da Penha.
A Polícia Civil aproveitou para reforçar que não há qualquer "maníaco" atuando na cidade, desmentindo rumores que geraram pânico local. "É importante trazer a verdade para evitar histeria coletiva e reforçar a seriedade com que tratamos todas as denúncias, especialmente as relacionadas a crimes sexuais", concluiu a delegada.
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