A Justiça de Mato Grosso converteu a prisão em flagrante dos quatro suspeitos de matar a candidata a vereadora e a irmã, em Porto Esperidião, para prisão preventiva e mandou internar, em unidades socioeducativas, cinco adolescentes apreendidos suspeitos de envolvimento no caso. A decisão foi assinada na noite desse último domingo (15).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Matheus Prates de Oliveira, os suspeitos já foram encaminhados para presídios, enquanto os menores aguardam disponibilidade de vagas em unidades apropriadas.
No dia do crime, 10 pessoas foram detidas, mas uma adolescente foi liberada por falta de provas. Já no domingo (15), foi preso o 11° suspeito do crime, que ainda deverá passar por audiência de custódia.
Rayane Alves Porto, de 28 anos, e Rithiele Alves Porto, de 25 anos foram mortas após terem sido sequestradas e torturadas por um grupo de, pelo menos, nove pessoas, enquanto saíam de um festival de pesca, no sábado (14), em Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá.
Ao g1, o delegado Oliveira informou que a decisão sobre a prisão dos envolvidos foi tomada após a audiência de custódia. Ele esclareceu que a investigação agora se concentra na análise dos celulares apreendidos durante as investigações.
"Quanto aos suspeitos, vamos encaminhar os celulares apreendidos para a perícia. Assim que tivermos o resultado da extração dos dados, verificaremos se há mais pessoas envolvidas no caso. Por enquanto, precisamos aguardar o resultado da análise dos aparelhos celulares”, pontuou.
Investigação
O delegado também destacou que, embora outras linhas de investigação estejam em andamento, o foco principal está na confirmação dos detalhes relacionados a uma foto tirada pelas vítimas no Rio Jauru, simbolizando um número associado a uma facção rival.
De acordo com a Polícia Civil, a linha de investigação também considera a hipótese de que o crime pode ter sido encomendado por um preso da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Segundo o delegado Higo Rafael, o criminoso teria passado cerca de três horas em videochamada com os executores do homicídio.
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