Com a seca cada vez mais grave e os níveis dos reservatórios das hidrelétricas em queda acentuada, o governo federal está considerando a retomada do horário de verão no Brasil. A proposta, encabeçada pelo Ministério de Minas e Energia, visa aliviar a pressão sobre o sistema elétrico do país e garantir maior segurança no fornecimento de energia, especialmente em tempos de crise hídrica.
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O horário de verão, que foi suspenso em 2019, consistia em adiantar os relógios em uma hora durante os meses mais quentes, com o intuito de aproveitar melhor a luz natural e, assim, reduzir o consumo de eletricidade no horário de pico, geralmente entre 18h e 21h. Estudos apontam que essa medida pode ajudar a diminuir a demanda nas usinas termelétricas, que são mais caras e mais poluentes do que as hidrelétricas.
Atualmente, o cenário hídrico no Brasil é preocupante, com muitas regiões enfrentando uma estiagem prolongada. Os reservatórios das principais hidrelétricas estão em níveis críticos, e a retomada do horário de verão pode ser uma solução emergencial para evitar apagões e racionamentos de energia.
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A decisão final sobre a implementação ou não do horário de verão será tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve considerar os impactos econômicos e sociais da medida. Caso seja aprovada, a mudança no horário pode ser adotada já nos próximos meses, durante o período de maior demanda energética no país.
O retorno do horário de verão é visto por alguns especialistas como uma medida eficaz e de baixo custo para enfrentar o momento delicado do setor elétrico, mas também gera debate entre a população, que se divide quanto aos benefícios e inconveniências dessa prática.